terça-feira, 27 de março de 2012

Escritor - Quase Um

É bem difícil definirmos quem somos. Na realidade falamos que somos o que temos, ou melhor, o que damos valor. Se disser que não sei quem sou pode soar como um sinal de não dou valor àquilo que possuo ou faço. Bens materiais, não tenho quase nada, na realidade uma bicicleta que está totalmente paga, o restante ainda estou a pagar e, portanto não são meus. Falar que sou alguém que está a procura de mim é uma pretenção enorme, querer-se parecer com o personagem máximo da ficção do Cury.
Vamos em frente. Ser, eis a questão, como escreve Shakespeare. Entre um escritor, quase um. Depois de ouvir algumas críticas, como a do Jabor (www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,os-burros-e-os-pavoes,853713,0.htm) ficamos até com receio de se dizer que somos um. Porém, assim é a vida. Uns criticam, outros não estão nem ai para o que dizem e continuam tocando a vida...
Uma das táticas do Gondim é dizer pelo contrário quando não se tem muita certeza da definição correta de alguma coisa. Por exemplo, posso começar dizendo o que não sou. Assim, juntando as peças, encontraremos o que realmente sou.
Não sou, um romantico, não faço, apesar de querer fazer, poesias para minha amada esposa.
Não sou,
Um cavalheiro, mesmo tentando ser mais educado possível.
Não sou,
Um intelectual, aquele cara que sabe com propriedade o que faz.
Não sou,
Um atleta, ainda que tento nadar, correr e pedalar.
Não sou,
Da geração saúde, mesmo comendo saudável e pedalando até o trabalho todos os dias.
Não sou,
Um artesão da história, não tenho cravado a minha marca.
Não sou,
Um gênio, que cria o que não existe, somente modifico o que já existe e tento dar uma cara nova a monotonia.
Não sou,
Uma pessoa pacífica, sempre evito brigas ou desentendimentos, mas, às vezes, perco a cabeça.
Talvez isso não defina realmente quem sou. Não sou o que tenho, ou o que faço? Sou quem sou assim mesmo. Sem saber direito como definir, vou seguindo adiante, avente, um dia, quem sabe, saberei se serei ao menos um escritor.

domingo, 25 de março de 2012

Retorno

Afastei-me um pouco, estive ausente por instantes.

Instantes que duraram mais do que minutos, horas e dias.
Já fazem mais de meses que não escrevo aqui neste espaço.
Aqui é uma sala de visitas, aliás, o nosso conteúdo é muitas vezes procurado por pessoas que querem saber mais sobre nós.
Quero me comprometer, comigo mesmo, pois afinal de contas, não consigo saber se tenho algum leitor, mas se não tiver nenhum, não tem problema. Escreverei apenas pelo fato do desabafo. Depois de um dia cansado, quero escrever, mesmo exausto, quero levar a minha mente a raciocinar, ao menos um instante. Retornei.