Nunca imaginei que encontraria prazer em coisas do tipo escrever, apreciar um bom vinho (acompanhado com uma bela taça de água). Escrevo hoje como se fosse uma rotina, na realidade é uma rotina escrever, mas é uma das rotinas mais gostosas que já experimentei. Gosto de ler, porém muito mais de escrever, escrever e escrever. Pode até parecer que são palavras repetidas, pronunciadas de outra forma, soam como uma melodia. Há uma magia nesse lance. Uma coisa que domina a gente e nos dá um prazer enorme.
Os deveres são muitos e para a escrita resta muito pouco tempo, aliás, já li, pratiquei esporte, trabalhei, sai para jantar e, apenas depois de tudo isso, ao fim do dia, dedico o pequeno espaço de tempo. Negligencio o que tenho maior prazer em fazer. Não sei se deveria, talvez não, mas já aconteceu.
Se existe um momento que é muito bom para refletir, esse momento é agora. Quanto tempo dedicamos a nós mesmos? Quantos são rodeados de pessoas o dia todo, porém estão enfrentando uma solidão jamais imaginada? A solidão existencial.
Não sou especialista em psicologia, mas estou tentando aprender um pouco. Tive a oportunidade de me encontrar com o mundo da filosofia e psicologia através do Dr. Augusto Cury. Esse homem que desenvolveu durante anos de pesquisa a Teoria da Inteligência Multifocal (TIM) e é um ser humano, a meu ver, fantástico. Não se limitou a redoma do fechado mundo acadêmico, que já não é tão inovador, que simplesmente segue a tendência do que já existe. Ele articulou e ousou fazer o novo, num mundo onde nada se cria, mas tudo se copia. Decidiu se aventurar numa área pouco explorada.
Escrevo assim porque um dia ainda pretendo chegar a um estágio de inovação, sair da zona de conforto da mediocridade. Quero um dia poder contribuir com a humanidade. Ser um ser humano, além da raça, cor, religião, nacionalidade, ser humano.
Difícil é descobrir o equilíbrio. Difícil é achar o meio termo. Muito difícil, mas não impossível.
Escrevo assim, ao acaso, sem medo de compartilhar minhas palavras que podem soar como futilidade para muitos, menos para mim, que ainda estou tentando encontrar o próprio eu.